Na noite de 6ª feira, no Recife, em Pernambuco, tivemos a triste notícia da morte de uma universitária, após a mesma cair de um ônibus lotado e, logo em seguida, ser atropelada por outro veículo. Segundo informações, a jovem caiu após a porta se abrir e ela ser empurrada pra fora, pois o veículo estava muito cheio. E é diante desse e de outros problemas do transporte público que o governo tenta convencer a população a trocar os veículos particulares pelos coletivos.
O argumento utilizado pelos políticos que tomam essa iniciativa é de que isso poderia melhorar o trânsito. Realmente isso é verdade. Afinal, quanto mais pessoas utilizarem os ônibus e o metrô, menos carros teremos nas ruas, aumentando assim o espaço nas rodovias. Um único ônibus, por exemplo, pode carregar cerca de 50 pessoas, o que significa no mínimo 40 carros a menos ocupando espaço nas ruas.
Os trens urbanos, os famosos metrôs, podem levar ainda mais passageiros do que o ônibus ( cerca de 900 ), também contribuindo muito para a desocupação das ruas. Mas como cobrar da população que ela dê preferência ao transporte público, se o mesmo não oferece a mínima vantagem?
Quando um indivíduo dá ouvidos a esse pedido governamental e resolve utilizar o serviço coletivo de transporte, ele se depara com ônibus e trens lotados que, devido ao baixo número de veículos disponíveis, passam nos pontos e estações em longos intervalos de tempo, fazendo com que seus usuários, para não se atrasarem pros seus compromissos, peguem logo o primeiro que passar no ponto, todos de uma só vez, causando uma superlotação. Além disso, o preço da tarifa está encarecendo e se tornando cada vez mais inviável. Diante de todos esses fatores, o cidadão prefere utilizar seu próprio carro, deixando as ruas lotadas.
Reforçando o que foi dito no 2º parágrafo, a maior utilização do transporte público pela população seria muito benéfica e contribuiria muito para a melhoria do trânsito. Mas para se exigir isso do povo, é necessário um alto investimento no transporte público, para aumentar bastante a frota de veículos ( tanto rodoviários, quanto ferroviários ) e, também, um bom reajuste no preço das tarifas, para que este seja mais acessível a todos.
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